Mercado da Construção Civil 2021 prevê retomada e aquecimento

Empreendimentos/Mercado da Construção Civil 2021 prevê retomada e aquecimento





Há muitos anos, a construção civil é um dos principais termômetros da economia brasileira, por ser um setor que possui grande capacidade de distribuição de renda no mercado e um dos que mais gera impostos para o país.

Assim, quanto mais as pessoas e empresas aplicam valores na compra e venda de imóveis, mais aquecido fica o setor da construção civil, e consequentemente o imobiliário.

Desta forma, a economia da cidade, estado e país como um todo torna-se mais pujante, também com a maior geração de empregos vinda deste crescimento e a circulação de ativos.

Acompanhar o mercado da construção civil e suas tendências de crescimento, estagnação ou desaceleração é uma atividade que faz parte da rotina diária de todos aqueles que estão direta e até mesmo indiretamente envolvidos neste setor da economia.

Produtividade na Construção Civil aumenta com uso de tecnologia.

Mercado da Construção Civil 2021

A indústria de construção civil está em franca recuperação, com a melhora nos índices de atividade e do número de empregados.

É o que mostra os dados da recente sondagem da Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) apresentou alta de 2,7 pontos no mês de agosto, e atingiu 56,7 pontos.

É a quinta alta consecutiva do índice, que acumula crescimento de 21,9 pontos no período. Com a alta, o ICEI-Construção se distancia de sua média histórica (53,5 pontos) e da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.

Recuperação da Construção Civil

Na avaliação do economista aposentado, Gilson Renhe, a economia brasileira começa a apresentar sinais de recuperação, mas não o suficiente para compensar a queda significativa do Produto Interno Bruto (PIB), ocorrida durante o período crítico da pandemia da covid-19.

“Para 2021, o cenário é de continuidade da recuperação da economia, com projeções de crescimento do PIB entre 3% e 4%, segundo o Banco Central e o Ministério da Economia, considerando-se uma volta progressiva dos níveis normais de consumo. Pode haver uma bolha de consumo decorrente da demanda reprimida observada em 2020, a partir da redução do distanciamento social e recuperação do emprego”, destacou.

Conforme Gilson, com a contínua e acentuada queda da taxa Selic, a Caixa Econômica Federal (CEF) e outras instituições financeiras reduziram significativamente as taxas de juros para a carteira imobiliária e até inovaram com a disponibilização de novas linhas de crédito, como a utilização do rendimento da poupança ou variação do IPCA como componentes para a determinação da taxa de juro, favorecendo a aquisição de imóveis pelo Sistema Financeiro Imobiliário.

“A abstenção de consumo (poupança) e queda da taxa de juros, embora não com exclusividade, foram suficientes para tornarem o mercado imobiliário mais saudável neste ano de 2020 e estimularem o crescimento da construção civil. Esse acentuado crescimento do mercado imobiliário denota que o brasileiro está reaprendendo a investir em imóveis, evidenciando uma tendência de contínuo crescimento do mercado de construção civil, haja vista o acentuado déficit habitacional existente no país”, detalhou.

Qual-o-melhor-tipo-de-fundação-para-sua-obra

O diretor da Ilhe Engenharia, Ludwig Ilhe (foto acima), lembra que durante o período da pandemia o setor de construção civil não parou, já que foi considerado como serviço essencial pelo governo.

“Na construção civil, não paramos as obras no decorrer da pandemia. Nós tomamos todas as precauções e todos os cuidados necessários. No entanto, com a campanha ‘Fique em Casa’, tivemos um pouco de dificuldade com a falta de mão de obra, porque com o auxílio emergencial do governo, o pai de família que viesse trabalhar como pedreiro ou carpinteiro nas obras perdia o seu auxílio.”

Intenção de investir volta a crescer

Os índices de expectativa variaram pouco no mês, entre queda de 0,3 ponto e alta de 0,8 ponto.

Todos os índices permanecem acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os empresários da indústria da construção mantêm o sentimento de otimismo.

Os indicadores de expectativas do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços registraram 55,4 e 54,8 pontos.

Os indicadores de expectativas de compras de insumos e matérias primas atingiu 55 pontos no mês. Já o índice de expectativa de número de empregados, por sua vez, ficou em 54,7 pontos.

A intenção de investir do empresário da construção aumentou em novembro.

O índice de intenção de investimento registrou 42,4 pontos em novembro, uma alta de 1,5 ponto em relação a outubro.

Essa alta retoma sequência de altas que havia sido interrompida no mês anterior; o índice havia crescido por quatro meses consecutivos antes de registrar queda em outubro. O índice segue acima de sua média histórica de 34,4 pontos.

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Recuperação por conta do Covid 19 é heterogênea

Em setembro de 2020, a indústria de transformação reverteu totalmente toda a queda acumulada em março e abril de 2020.

Em abril, a produção da indústria de transformação (PIMPF/IBGE) estava 31,3% abaixo do registrado em fevereiro. A partir de maio, foram cinco altas consecutivas.

A alta na passagem de agosto para setembro foi de 3,9%, que levou a produção industrial a situar-se 1,1% acima do registrado em fevereiro de 2020, ou seja, antes do choque trazido pela pandemia de Covid-19.

O faturamento da indústria de transformação também já superou o patamar anterior à crise. De fato, até mais cedo que a produção.

Em agosto, o índice de faturamento real dessazonalizado do Indicadores Industriais da CNI ultrapassou o valor registrado em fevereiro.

Após queda em março e abril, o faturamento ficou 24,6% abaixo do registrado em fevereiro. A partir de então a recuperação foi rápida. O faturamento real de setembro de 2020 é 6,1% superior ao registrado em fevereiro.

Em ambos os casos – produção e faturamento –, a média do ano continua abaixo da média de 2019. No acumulado janeirosetembro, a produção industrial se encontra 8,2% abaixo da média de igual período de 2019.

No caso do faturamento, a média está 1,7% inferior ao registrado em igual período de 2019.

O faturamento real da Indústria, por sua vez, deverá fechar o ano no positivo, com o valor médio acima do registrado no ano passado.

Com a retomada mais rápida que esperada, os baixos estoques contribuíram para intensificar a desestruturação das cadeias de produção.

Com capacidade de resposta (ou seja, de aumento da produção) diferentes, as empresas industriais passaram a ter dificuldade de acesso a insumos e matérias-primas e de atender a demanda de seus clientes.

Não fosse a dificuldade em se obter insumos e matérias-primas, o crescimento da produção industrial seria ainda maior. Na esteira da recuperação da atividade industrial, o emprego industrial passou a crescer em agosto.

Como usual, há certa defasagem entre a dinâmica da produção e seus efeitos no emprego; especialmente em um cenário tão incerto como o atual.

Sustentabilidade é a grande tendência

Uma tendência muito forte para o Mercado da Construção Civil 2021, considerando o grande potencial de crescimento do setor, é a sustentabilidade dos negócios.

A utilização mais comum do termo está atrelada ao meio ambiente e a promover ações cada vez mais amigáveis, prezando pelo uso de energias renováveis, pela economia de água e luz e pelo desenvolvimento e utilização de materiais menos poluentes e que auxiliem nestes objetivos dentro das obras.

Assim, recomendamos que você esteja sempre atento ao seu planejamento financeiro, e que possa acompanhar os desdobramentos dele ao longo dos meses. 


Fonte: ilhe Engenharia