A Guerra Dos Juros Reaqueceu O Mercado Imobiliário. E Agora?

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As sucessivas quedas na taxa básica de juros, a Selic, neste ano, fizeram com que os bancos iniciassem uma clara disputa pelo cliente, gerando um cenário de ofertas cada vez mais atrativas em crédito imobiliário. Sensível às instabilidades econômicas e ao crescente desemprego, o setor foi bastante afetado pela crise dos últimos anos e, agora, volta a respirar. Mas o que vem pela frente? Teremos uma nova ascensão na compra e venda de imóveis, como em meados dos anos 2000, ou ainda são necessários muito mais esforços na economia? mercado imobiliário

Costuma-se dizer que o mercado imobiliário é cíclico. Ele é o primeiro a sentir o impacto de recessões econômicas e, também, o último a se recuperar. Isso porque a compra de um imóvel costuma ser o maior investimento de grande parte das pessoas. E, naturalmente, se a população não sente segurança e confiança nas ações econômicas, ela tende a ser mais conservadora nos gastos.

Em 2016, houve grande oscilação nos preços e condições comerciais dos imóveis. O mercado entende que depois de bater no fundo do poço, os valores iniciam um novo ciclo de retomada. Já é possível observar um crescimento do setor, com lançamentos tendo uma velocidade de venda maior, construtoras comprando terrenos e os próprios consumidores retomando as compras. Novamente percebemos o movimento da gangorra: juros baixos, mercado imobiliário em alta!

Segundo o Secovi-SP, sindicato que representa o setor de habitação, a quantidade de imóveis comercializados em junho deste ano ficou 176% acima do resultado do mesmo mês no ano passado. Tudo isso é bastante animador para investidores, empresários e, principalmente, para quem sonha em conquistar o imóvel próprio.

Além disso, comprar um imóvel é um ótimo investimento para o comprador final. Com oferta de crédito maior a juros menores, o mercado imobiliário se torna mais atrativo que o financeiro, por exemplo, com riscos mais calculados e retornos maiores. No mundo dos investimentos, geralmente, os maiores ganhos estão atrelados aos maiores riscos. Entretanto, a aplicação em imóveis está associada a uma maior segurança e solidez. São diversas as oportunidades de ganhos. Como exemplo, podemos citar a crescente oportunidade de investimentos em studios com o objetivo de locação short stay.

Outra vantagem do cenário atual e das perspectivas positivas para o mercado imobiliário é que essa é a oportunidade que muitos esperavam para sair do aluguel. Com juros equilibrados, o financiamento de um imóvel pode ter parcelas com valores parecidos com o aluguel.

Para este fim de ano, o Governo estuda uma nova redução da taxa Selic. Uma nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) está marcada para 10 de dezembro e pode resultar em uma queda dos atuais 5% para 4,5% ao ano. Isso daria um ótimo impulso para a economia em 2020. Com juros baixos e inflação controlada, os bancos continuarão a criar condições baratas e competitivas para atrair o comprador.

Porém, é válido lembrar que o comprador não precisa esperar novos cortes nos juros, uma vez que é possível fazer a portabilidade da dívida entre bancos para financiamentos já contratados. Além de outras alternativas mais sofisticadas como o consórcio já contemplado de imóveis, como opção para troca de dívida, sem juros e com prazo reduzido. Em suma, 2020 parece bastante promissor.

Marcella Ourem Carvalhal é graduada em Comunicação Social com especialização em Marketing pela ESPM, Executiva de Marketing com grande experiência no mercado imobiliário, co-fundadora e COO no Grupo YMK Negócios Imobiliários.

Fonte: Segs



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